quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

POLICIAL MATADOR ESTARIA SENDO PROTEGIDO PELA POLÍCIA?

A comunidade imperatrizense amanheceu  hoje com a notícia de que o o policial Jean Claudio Dos Reis Apinajé, o popular "Reis", que segundo as investigações da polícia é o assassino do Cinegrafista José de Ribamar Carvalho Filho, teria se apresentado durante a madrugada  no 3 BPM de Imperatriz.

Por volta das oito horas jornalistas, radialistas e demais membros da imprensa que haviam decidido ontem fazer uma visita hoje ao Ten. Cel. Marcos Lima para entregar-lhe um documento solicitando maior empenho na prisão do homicida, foram até o quartel e lá depois de ouvirem do oficial que Jean estava em um dos xadrezes do quartel, entre outros questionamentos e entrevistas, perguntaram ao Coronel se o acusado poderia ser mostrado para a opinião pública através da imprensa. Deram de frente com a negativa do coronel:  além de informar que o Diretor Regional é que viria ao quartel tomar o depoimento do acusado, o Comandante Markus disse que hoje ainda o policial seria encaminhado para São Luís.


Embora nós que ali estávamos não tenhamos esboçado nenhuma reação contrária à decisão do comandante da PM, não podemos deixar de registrar que houve um certo mal estar, pois não tem sido essa a prática quando se refere a outros presos ou acusados de crimes na cidade.

Pode até parecer exagero, mas embora Jean Reis esteja sendo tratado com tanta deferência pela sua corporação, além da morte de Carvalho, do Foguinho e a tentativa de assassinato de outra pessoa -fatos já comprovados com testemunhas e até gravação através de câmeras -, desconfia-se que o referido policial tenha matado muito mais pessoas em Imperatriz. 

Algumas pessoas atestam outros crimes do policial, mas estão temerosos em denunciá-lo.

Então seria o caso de se fazer mais algumas perguntas: 

1 - Como suspeito de outros crimes não deveria o policial 'Reis'  ser mostrado diante das câmeras para que possíveis vítimas ou parentes de vítimas venham reconhecê-lo e denunciá-lo?

Essa eu respondo: Nesse caso Jean Reis tem  o direito de preservação de sua imagem, embora em nossos tribunais, não haja uma unanimidade sobre o modo pelo qual se pode usar retratar a projeção física de presos acusados. Alguns magistrados possuem visões mais restritas sobre o uso da imagem alheia, como ocorreu no episódio Daniella Cicarelli, ao passo que outros são mais tolerantes em face de eventuais excessos da imprensa, sobretudo em relação à captação de imagem de suspeitos de cometimento de delitos em Delegacias de Polícia. 

A legislação civil nem sempre vai dar respostas suficientes para resolver os conflitos sobre o direito de imagem. A ética jornalística, de todo modo, deve permear em todo esse processo, desde a captação da imagem até o modo pelo qual ela vai ser exposta. 

2 - Por que o Diretor Regional de Segurança teria que ir até o quartel para ouvi-lo? 

3 - Por que ele teria que ser imediatamente transferido para São Luís? 

4 - Estaria Jean Reis correndo algum risco de vida em Imperatriz?

São alguns questionamentos que fazemos diante desse crime e dos seus desdobramentos, deixando aqui registrado que nós da imprensa e a coletividade em geral de Imperatriz, rejeitamos qualquer tipo de apadrinhamento corporativismo nesse caso. 

Também registramos um grande temor, o  de que o policial 'Reis' logo esteja livre para continuar fazendo o que dizem que ele sabe fazer muito bem,  que é  matar!

Vamos pedir a proteção de Deus pois Isso agora é com a Justiça do Maranhão.

Texto do blog do Josué Moura

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