A comunidade imperatrizense amanheceu hoje com a notícia de que o o policial Jean Claudio Dos Reis Apinajé, o popular "Reis", que segundo as investigações da polícia é o assassino do Cinegrafista José de Ribamar Carvalho Filho, teria se apresentado durante a madrugada no 3 BPM de Imperatriz.
Por volta das oito horas jornalistas, radialistas e demais membros da imprensa que haviam decidido ontem fazer uma visita hoje ao Ten. Cel. Marcos Lima para entregar-lhe um documento solicitando maior empenho na prisão do homicida, foram até o quartel e lá depois de ouvirem do oficial que Jean estava em um dos xadrezes do quartel, entre outros questionamentos e entrevistas, perguntaram ao Coronel se o acusado poderia ser mostrado para a opinião pública através da imprensa. Deram de frente com a negativa do coronel: além de informar que o Diretor Regional é que viria ao quartel tomar o depoimento do acusado, o Comandante Markus disse que hoje ainda o policial seria encaminhado para São Luís.
Embora nós que ali estávamos não tenhamos esboçado nenhuma reação contrária à decisão do comandante da PM, não podemos deixar de registrar que houve um certo mal estar, pois não tem sido essa a prática quando se refere a outros presos ou acusados de crimes na cidade.

Algumas pessoas atestam outros crimes do policial, mas estão temerosos em denunciá-lo.
Então seria o caso de se fazer mais algumas perguntas:
1 - Como suspeito de outros crimes não deveria o policial 'Reis' ser mostrado diante das câmeras para que possíveis vítimas ou parentes de vítimas venham reconhecê-lo e denunciá-lo?
Essa eu respondo: Nesse caso Jean Reis tem o direito de preservação de sua imagem, embora em nossos tribunais, não haja uma unanimidade sobre o modo pelo qual se pode usar retratar a projeção física de presos acusados. Alguns magistrados possuem visões mais restritas sobre o uso da imagem alheia, como ocorreu no episódio Daniella Cicarelli, ao passo que outros são mais tolerantes em face de eventuais excessos da imprensa, sobretudo em relação à captação de imagem de suspeitos de cometimento de delitos em Delegacias de Polícia.
A legislação civil nem sempre vai dar respostas suficientes para resolver os conflitos sobre o direito de imagem. A ética jornalística, de todo modo, deve permear em todo esse processo, desde a captação da imagem até o modo pelo qual ela vai ser exposta.
2 - Por que o Diretor Regional de Segurança teria que ir até o quartel para ouvi-lo?
3 - Por que ele teria que ser imediatamente transferido para São Luís?
4 - Estaria Jean Reis correndo algum risco de vida em Imperatriz?
São alguns questionamentos que fazemos diante desse crime e dos seus desdobramentos, deixando aqui registrado que nós da imprensa e a coletividade em geral de Imperatriz, rejeitamos qualquer tipo de apadrinhamento corporativismo nesse caso.
Também registramos um grande temor, o de que o policial 'Reis' logo esteja livre para continuar fazendo o que dizem que ele sabe fazer muito bem, que é matar!
Vamos pedir a proteção de Deus pois Isso agora é com a Justiça do Maranhão.
Texto do blog do Josué Moura
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