quinta-feira, 14 de novembro de 2013

JUDICIÁRIO NA UTI

No passado um ministro do Supremo Tribunal Federal era tratado com respeito. E para exemplificar citamos o gaúcho Paulo Brossard, um dos maiores juristas do País e que certamente integra o grupo dos mais brilhantes oradores do Senado Federal. Ministro da mais alta Corte do Judiciário verde-louro, Brossard é um dos grandes brasileiros em todos os tempos. Seus discursos no plenário do Senado eram verdadeiras aulas magnas, capazes de impor silêncio pleno desde a primeira sílaba. Suas decisões como magistrado eram cobertas de tamanha sabedoria que transformaram-se em dogmas para a eternidade.
Lamentavelmente, o Supremo Tribunal Federal foi vergonhosa e criminosamente aparelhado pelo PT, em atitude premeditada para garantir impunidade aos operadores dos muitos casos de corrupção que marcaram a última década. Parafraseando o agora lobista de empreiteira Lula, “nunca antes na história deste país” a Justiça foi tão achincalhada.
Na tarde desta quarta-feira (13), o Supremo foi palco de um espetáculo absurdo e vergonhoso, que marcou as discussões sobre a execução das penas dos condenados na Ação Penal 470, conhecido nacionalmente como Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção que se tem notícia no País. A ópera bufa em que se transformou a discussão, recheada de filosofias baratas e discursos de encomenda, confirmou a tese popular de que a Justiça é para os endinheirados, não para os desvalidos da sociedade. Isso significa que para alguns ministros da Corte, que insistem em entrar para a história pela porta dos fundos, os marginais do Mensalão do PT merecem algum tratamento jurídico diferenciado.
O que se viu no STF nesta quarta-feira foi um claro e ousado incentivo à corrupção, conduta que ao arrepio da legislação vigente vem corroendo diuturnamente a nação sem que os criminosos se preocupem com as consequências de seus atos. É no mínimo um atentado contra a democracia colocar em discussão se réus condenados à prisão, com sentenças transitadas em julgado, têm direito a chicanas jurídicas para postergar a privação da liberdade.
A nação vem desmontando a cada minuto, sem que os brasileiros percebam a manobra covarde e criminosa operada nos bastidores e à distância pelos donos do poder. É preciso cobrar do Judiciário uma imediata reação, sob pena de o Brasil ser infectado pelo bolivarianismo que, há anos, desintegra a vizinha e combalida Venezuela.

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