A Polícia Civil de Goiás apresentou, nesta segunda-feira, 4, o araguatinense, Wellington Farias Barros, 29 anos, preso suspeito de integrar uma quadrilha que desviava cartões de benefícios sociais em Goiás. Segundo o delegado responsável pelo caso, Paulo Ribeiro, a polícia já identificou os mandantes do grupo, que são integrantes do alto escalão de uma agência da Caixa Econômica Federal em Goiânia. “O homem preso é só a base da pirâmide, é a parte operacional, mas a parte de inteligência são pessoas que estão no alto escalão. Já tem alguns identificados e agora vamos localizar e prender. São pessoas que moram em condomínios de luxo, possuem carros de alto padrão”, afirmou o delegado. Paulo Ribeiro não informou qual o nome e o cargo dos suspeitos identificados para não prejudicar as investigações e a prisão das pessoas. Segundo a polícia, elas são responsáveis por cadastrar o nome dos supostos beneficiários no programa Renda Cidadã e direcionar o endereço de entrega dos cartões para que eles pudessem ser interceptados por outros integrantes do bando. Além deles, outros dois participantes da quadrilha foram identificados, mas não foram presos porque não houve flagrante, além deles estarem colaborando com as investigações, segundo a polícia. Uma dessas pessoas era um funcionário dos Correios responsável por entregar os cartões ao golpista preso. O comparsa recebia R$ 80 para cada cartão desviado do beneficiário e entregue ao integrante da quadrilha. Já para sacar o valor do benefício, o araguatinense preso contava com a funcionária de uma agência lotérica que liberava a senha dos cartões sem comparar o documento de identificação do golpista com o beneficiário denominado no cartão. Ela também recebia R$ 30 para cada liberação. A polícia não identificou ainda se os reais beneficiários dos cartões foram vítimas ou se também integravam o golpe. Segundo o delegado, essas pessoas moram em outros estados e serão intimadas a depor no inquérito.
Clonagem
Ainda segundo o delegado Paulo Ribeiro, Wellington foi preso na quarta-feira passada, dia 30, e também operava um esquema de clonagem de cartões de crédito de maneira independente à quadrilha. Na casa dele, a polícia encontrou mais de R$ 4 mil, um computador, uma máquina de cartões de crédito e mais de 50 cartões. “Eles usava uma régua magnética que transfere as informações bancárias das vítimas que ele obtinha na internet para o cartão”, explica o delegado.
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